O LARP convida a todos para o seu VIII Ciclo de Debates intitulado “Símbolos, Imagens e Poder: trocas imagéticas no Mundo Antigo”!
O evento contará com as apresentações da Profa. Dra. Maria Isabel D’Agostino Fleming (coordenadora do LARP) – “A iconografia de poder no cotidiano aristocrático romano: vasilhas de metal para banquete”; da Dra. Silvana Trombetta – “Os mosaicos romanos provinciais e a representação do poder no Mundo Antigo”, e do Doutorando Alessandro Mortaio Gregori – “Arqueologia e as primeiras imagens cristãs”.
O evento é gratuito, não requer inscrição e serão fornecidos certificados de ouvintes.
Dia: 4 de abril
Horário: 15h
Sala 3
Local: Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (Av. Prof. Almeida Prado, 1466, Cidade Universitária/USP)
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Resumos:
“A iconografia de poder no cotidiano aristocrático romano: vasilhas de metal para banquete”
Maria Isabel D’Agostino Fleming
LARP-MAE/USP
O banquete como testemunho fundamental das relações aristocráticas no Império romano nos é revelado em primeiro lugar pelas referências literárias, mas é através da cultura material que, de forma mais concreta, conhecemos os ambientes em que se desenvolvia essa atividade. Instrumentos de poder político e simbólico, os vasos de metal figuram entre os principais objetos de prestígio que circularam pelos mais importantes centros do Império. Como troca entre pares ou presentes diplomáticos, os vasos de luxo, de ouro, prata ou bronze, eram um veículo por excelência para a promoção de indivíduos tanto na esfera pública como no contexto privado. Será apresentada essa categoria de objetos no âmbito de seu uso e circulação como reforço das mensagens entre as elites.
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“Os mosaicos romanos provinciais e a representação do poder no Mundo Antigo”
Silvana Trombetta
LARP-MAE/USP
A análise iconográfica dos pavimentos em mosaico das províncias romanas da Gália, norte da África e Palestina, possibilita compreender as complexas relações de poder que se estabeleceram entre Roma e suas províncias, bem como as relações internas próprias da dinâmica provincial na qual, por exemplo, a competição entre membros da elite enquanto benfeitores da cidade é colocada em primeiro plano (como no famoso mosaico do norte da África com a representação do nobre Magerius). Há que se ter em mente que a relação entre Roma e as províncias é marcada por uma via de mão dupla, numa inter-relação pautada por influências de ambos os lados e, consequentemente, a representação de elementos iconográficos considerados “romanos” podem, na verdade, ter sido ressignificados de modo a fazer alusão às simbologias provinciais.
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“Arqueologia e as primeiras imagens cristãs”
Alessandro M. Gregori
LARP-MAE/USP
Doutorando FE/USP
A concepção de uma “primeira arte cristã” relaciona-se com a descoberta e a incorporação de um conjunto de imagens e símbolos provenientes de Roma e de seus arredores (de meados do século III a meados do século IV). A presente comunicação procura discutir brevemente a natureza desse corpo de imagens, seu desenvolvimento formal e simbólico no contexto do Mediterrâneo tardo-antigo e sua interpretação histórica pelo conhecimento arqueológico.